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Escola mais próxima fica a quase quatro quilômetros de distância / Reprodução TV Câmara
04/02/2020
Falta de transporte escolar preocupa moradores do Mais Parque
Ano letivo se aproximando é sinônimo de dor de cabeça para dona Tereza. Ela cuida dos três filhos da sobrinha que trabalha fora e é a encarregada por encaminhar os meninos mais velhos para a escola. Um deles é o João Pedro, de 10 anos. Para deixar ele ir sozinho de bicicleta é preocupante, e para a tia-avó, que tem 76 anos, levá-lo é praticamente impossível, pois são quase quatro quilômetros de distância.
“Ele vai (de bicicleta), mas como eu vou ficar com a cabeça até ele chegar. Eu não sei se ele chegou ou não. Não tem ônibus escolar para pegar e levar. Pelo amor de Deus”, reclama a aposentada Tereza Fagundes.
O vereador Sergio Leiteiro foi conversar com os moradores do bairro Mais Parque, em Mirassol, que enfrentam esse mesmo problema. Como no local não tem escola, os filhos foram matriculados na escola infantil Luís Carlos Matiel Pires, no bairro vizinho Regissol.
O problema é que o Departamento de Educação do Município não disponibilizou nenhum ônibus escolar. O vereador protocolou um ofício especial, em que pede ao setor alguma providência.
“Precisa ver a possibilidade de sanar ou ter do departamento uma posição e não uma posição vaga, mas sim uma atitude bem firme para atender essa população”, destaca o vereador Sergio Leiteiro. Nossa equipe de reportagem também entrou em contato com a Prefeitura, mas não teve nenhuma resposta.
A Amanda, que é mãe de duas crianças, uma menina de seis e um garoto de cinco anos, vive o mesmo sufoco. O trajeto é longo para ser feito a pé embaixo de um sol do meio dia. A solução foi conseguir alguém para levá-los, mas a saída está longe de ser a ideal.
“As minhas crianças precisam estar prontas às 10h ou às 10h30, porque pagamos uma pessoa para pegá-los aqui (em casa) às 11h. Aí eles ficam ainda na casa dessa pessoa mais uma hora para depois então ir para a escola. Não tem van, meu pai já foi atrás, e a pé demora uns 40 minutos”, conta a dona de casa Amanda Aparecida Santana.
O pai das crianças também conta que a família morava em São José do Rio Preto e apostou as economias no bairro novo de Mirassol para realizar o sonho da casa própria. Só não imaginavam o pesadelo que estava por vir.
“A gente acredita muito no bairro, mas por não conhecer como seria a parte da Prefeitura, vimos que realmente deixa a desejar e acaba batendo aquele arrependimento”, lamenta o eletricista da CPFL Henrique Santana.
E como ultimamente nenhuma reclamação sobre a administração pública vem sozinha, o eletricista aproveitou para falar sobre outro transtorno enfrentado por eles. Ele reclama da falta de limpeza em um terreno que pertence à própria Prefeitura.
“O que eles me passaram é que não tem trator nem funcionários para cuidar dessa área. Essa parte eu tentei limpar com uma enxada, mas a área é muito grande, não tem como a gente limpar totalmente. Daqui sai cobra jararaca, escorpião... e toda a vizinhança sofre muito com isso”, conta Henrique.
Veja a matéria no Youtube: https://youtu.be/IwVqBfKm1cc
Reportagem TV Câmara de Mirassol