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BRASÃO DE ARMAS DE MIRASSOL

 

BRASÃO DE ARMAS DE MIRASSOL
 
Descrição Heráldica: Escudo de formato redondo português, esquartelado, encimado por uma coroa mural, com os seguintes característicos:
a)     No primeiro quartel, em campo de prata, u’a mata densa, fechada, escura, em suas cores naturais. Numa brisa, duas chaves em aspas. E uma cruz sobre um arco geométrico.
b)     No segundo quartel, com fundo blau (azul), há igualmente um arco e, sobre ele, um pé de girassol, flor também conhecida por mirassol, em suas cores naturais, olhando para o sol, virada para o sol (“vertitur ad solem”).
c)      Entre esses dois campos superiores do escudo, o sol radioso.
d)     No terceiro quartel, com fundo prata, uma engrenagem e o capacete alado de Mercúrio, ambos sustentados por dois galhos de café frutificados, em suas cores naturais.
e)     No quarto quartel, de prata, um globo, um livro, um compasso e um esquadro, em suas cores naturais.
f)        Como suportes, à destra, a bandeira do Brasil e, à sinistra, a de São Paulo.
g)     Ao pé do escudo, num lístel de prata em goles (vermelho), a legenda em latim “IN ALTVM SEMPER INTVENS”. Nos extremos do referido lístel, duas datas históricas.
 
Simbolismo do Brasão
 
Escudo redondo, português: lembra a nossa tradição lusa e a descoberta e a colonização do Brasil.
Campos do Brasão: a prata lembra a vitória e a pureza de ideais. O blau (azul) é o saber, a lealdade e a beleza e grandeza das ações.
Coroa mural: é o símbolo do município, ou seja, da divisão territorial política de Mirassol. Com três torres, por ser hoje de praxe assim, inclusive o de São Paulo. É de ouro, para lembrar a riqueza das terras mirassolenses e a força, fé e constância do seu povo.
Mata alta, densa, fechada, escura: recorda o nome primitivo de Mirassol, que foi “Matarona” (mata grande, mataria) e, depois, “Mata-Una”.
Arco Geométrico: designa a formação topográfica do terreno, ou seja, o planalto em que se localizou o núcleo.
Cruz: símbolo cristão. Marco sagrado da fundação da cidade. Foi erigido no alto do espigão de Mata-Una, em 8-9-1910. Existe ainda, religiosamente guardado, em seu “Nicho Sagrado”, ao lado da sede da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Mirassol.
Chaves entrelaçadas: é a lembrança de São Pedro, por ter sido “São Pedro da Mata-Una” a primeira denominação completa deste lugar, lembrando ao mesmo tempo a vida religiosa do povo e ainda por ser esse santo o padroeiro de Mirassol.
Sol: é a gloriosa e refulgente beleza do nome da cidade: Mirassol.
Girassol ou mirassol: flor muito conhecida, planta heliotrópica, de que aqui havia bastante, em moitas e de onde se originou o novo nome da cidade. Foi essa flor, de que o Capitão Neves (Joaquim da Costa Penha, fundador da cidade) tanto gostava, que o inspirou e o fez propor a substituição de “Mata-Una” por Mirassol. Trata-se incontestavelmente de uma flor impressionante e bela, sobretudo quando cultivada só, no meio de um matagal como aqui era então e onde, assim, ela mais se destacava. A flor do girassol é, como todos sabem, conduzida pelo sol (“sole ducor”) e ela segue o astro rei de manhã à noite (“solem utrumque sequor”), como aliás bem cantou Emilio de Menezes, no seu soneto “Girassol”:
                             “É de vê-lo tenaz, de arrebol a arrebol,
                             Do grande astro seguindo o régio movimento
                             O áureo disco volver para encarar o sol!”
Engrenagem, capacete alado de Mercúrio e os ramos de café: são o simbolismo da indústria, do comércio e da agricultura. Os dois ramos de café estão desenhados em forma significativa, relativamente à engrenagem e ao capacete, ou seja, amparando-os, pois, com efeito, é o café a nossa maior fonte econômica, sustentáculo da indústria e do comércio. Mirassol, aliás, é um grande produtor da preciosa rubiácea.
Globo, livro, compasso e esquadro:  evocam saber, conhecimentos, cultura, indicando em conjunto que existe aqui um centro notável de ensino.
Pavilhões nacional (auri-verde) e paulista (treze listas): como suportes, falam por si sós, e falam alto, e indicam alto e miram alto (“semper alto spectans”) sobre tudo o que pode existir de patriótico, de grandioso e de sublime, indicando que o nosso brasão de armas se destina a evocar, com alma e visão ampla e superior, num sentido dignificante e construtivo, o que fomos, o que somos e o que seremos, dentro da terra Piratininga e Terra de Santa Cruz.
Datas: à destra é a da fundação de Mirassol; à sinistra é a da criação do nosso município.
IN ALTVM SEMPER INTVENS: dístico, em latim, para lembrar a origem de nossa raça, inscrito no lístel de prata, com letras em goles (vermelho). Significa “olhando sempre para o alto”, o que quer dizer que a nossa cidade ou o nosso povo olha sempre altaneiramente, com sentimentos elevados (“sursum semper adspiciens”), ideais altos, com vigor e decisão, sempre com a cabeça erguida, agradecido aos que construíram o nosso passado, expressando igualmente que nos sentimos orgulhosos de podermos, com coragem, energia e fé, encarar alto, sonhar sempre alto, um porvir que só o sol altíssimo, surgindo e ressurgindo sempre equilibradamente, no azul do firmamento sem fim, pode inspirar, avivando e iluminando-nos a mente em direção à “Ordem e Progresso” do
                                         “Auri-verde pendão da minha terra,
                                         Que a brisa do Brasil beija e balança!
                                         Estandarte que a luz do sol encerra
                                         E as promessas divinas da esperança”.
isto é: “Altiora sempre intendens” – vendo e aspirando sempre cousas mais altas e lutando sempre e cada dia mais, pela grandeza do futuro brilhante de São Paulo e do Brasil.
                                         Mirassol, 23-12-1954
                                                     Cândido Brasil Estrêla
 
 

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